Rotina do advogado e votos de ano novo!
Publicado por Adriane Vaz da Costa - 1 dia atrás
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6 da matina... O sol já posto... Hora de acordar! Seria... Se eu não estivesse indo dormir... Nem me preocupo em programar o despertador... Sei que antes das 10h estarei de pé resolvendo o contratempo mais importante e inadiável da vida de alguém. Um celular no ouvido e outro tocando... Deixo tocar, retornarei em poucos minutos. O cliente insiste... Reincidência, melhor atender.
- Um instante, estou na outra linha.
Toca o fixo. “Dra, o sr. Fulano disse que é urgente”.
Falta uma orelha. Ninguém te chama de doutora se o bicho não está pegando! OK, é urgente (fumaça do bom direito e perigo da demora).
A colega está no fórum e o estagiário está doente. Um corpo não pode ocupar ao mesmo tempo dois lugares distintos no espaço. Esqueceram de codificar as leis de Newton. Hora do almoço. Meia hora de sossego... (Hey, buddy, not so easy)... O olho da justiça não pisca. Mais um cliente na mesa ao lado. Aproveito para cobrar a fatura atrasada. O cliente quer te matar! E você, como bom advogado garante que não tem problema. Cogitationis poenam nemo patitur (Os pensamentos não implicam punição). Ele promete fazer o possível (com eficácia ex tunc). Uma xícara de café para não engolir os papéis à seco... Audiência às 15h. Depois de meia hora de atraso, você já ofereceu água, chocolate e até a alma para o cliente, que, depois da audiência elogia um sorriso esparso do juiz – “Simpático”. Você agradece com vaidade, como se fosse o destinatário. E é! Deus sabe como é difícil quebrar o gelo!
O prazo corre mais rápido que os dias. Dezembro com cara de Agosto. Você se promete que no ano seguinte vai ser diferente, mais dinheiro, menos problemas. Não bate. Como todas as demais promessas de ano novo. Você pensa melhor... Na justiça que ajudou a construir. Foi um bom ano!
Publicado por Adriane Vaz da Costa - 1 dia atrás
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6 da matina... O sol já posto... Hora de acordar! Seria... Se eu não estivesse indo dormir... Nem me preocupo em programar o despertador... Sei que antes das 10h estarei de pé resolvendo o contratempo mais importante e inadiável da vida de alguém. Um celular no ouvido e outro tocando... Deixo tocar, retornarei em poucos minutos. O cliente insiste... Reincidência, melhor atender.
- Um instante, estou na outra linha.
Toca o fixo. “Dra, o sr. Fulano disse que é urgente”.
Falta uma orelha. Ninguém te chama de doutora se o bicho não está pegando! OK, é urgente (fumaça do bom direito e perigo da demora).
A colega está no fórum e o estagiário está doente. Um corpo não pode ocupar ao mesmo tempo dois lugares distintos no espaço. Esqueceram de codificar as leis de Newton. Hora do almoço. Meia hora de sossego... (Hey, buddy, not so easy)... O olho da justiça não pisca. Mais um cliente na mesa ao lado. Aproveito para cobrar a fatura atrasada. O cliente quer te matar! E você, como bom advogado garante que não tem problema. Cogitationis poenam nemo patitur (Os pensamentos não implicam punição). Ele promete fazer o possível (com eficácia ex tunc). Uma xícara de café para não engolir os papéis à seco... Audiência às 15h. Depois de meia hora de atraso, você já ofereceu água, chocolate e até a alma para o cliente, que, depois da audiência elogia um sorriso esparso do juiz – “Simpático”. Você agradece com vaidade, como se fosse o destinatário. E é! Deus sabe como é difícil quebrar o gelo!
O prazo corre mais rápido que os dias. Dezembro com cara de Agosto. Você se promete que no ano seguinte vai ser diferente, mais dinheiro, menos problemas. Não bate. Como todas as demais promessas de ano novo. Você pensa melhor... Na justiça que ajudou a construir. Foi um bom ano!
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